Já fazia muito tempo que não tinha uma tarde assim, que me pusesse deprimida e acreditem estava uma sequência de luzes de natal pela hora do almoço… mas foi definhando e perdendo a energia e o “pisca-pisca”, acabando numa Rita mal disposta e rabuja…
Motivos óbvios? Talvez o trabalho que não correu como realmente queria, cenas estranhas acontecem às vezes e sinto-me completamente definhada e sem força para me rir das situações, então guardo cá dentro e deixo que essas razões fúteis me afectem…
E quando olho a minha volta, paro e penso, sim… existem momentos em que realmente não podemos sentir-nos o topo do mundo, porque é sempre bom saber o caminho atribulado que se atravessou para se estar ali! Agora… fica a pergunta? Porque raio as pessoas sofrem, desabam e deprimem com factores da vida que são realmente fúteis, que se resolvem rapidamente (desde que se tenha atitude) e cometemos loucuras para nos sentir-mos melhor ou fugimos para não nos depararmos com algo realmente oco? Porque quando vem alguma coisa mesmo grave e demasiado forte para o lado negativo, parece que vamos buscar tudo o que temos de bom para enfrentar isso. Então porque não fazemos isso durante o dia-a-dia, em todas as horas e tentando fazer com que todos os dias sejam realmente bons, dado que perfeitos é mesmo impossível! Gastamos as baterias de reserva? Eu gostava de acreditar que não, senão tenho andando em desperdícios!
Será que custa assim tanto tentar ser feliz? Corrigir o que anda errado e que chateia (calos) e fazer algo todos os dias que nos preencha a cara e a alma com um sorriso verdadeiro, apaixonado e intenso, que dê para enganar os pequenos obstáculos que todos os dias temos? Bem sei que não podemos andar ai, “HEI AQUI SOU FELIZ E ALI TAMBÉM!” mas podemos sempre deitar a cabeça na almofada e sorrir por algo que realmente nos fez bem, todos os dias! Uma simples frase, um olhar, um sorriso, uma piada parva, uma gargalhada teatral… enfim! Algo mínimo, mas que tenha aniquilado o que de ruim aconteceu durante o dia!
O dia hoje… valeu a pena, pelo facto de ter visto a corrida dos coxos entre a minha cãoa gorda e o meu pai que não está melhor que a Layla! :D
As descobertas da vida sempre são feitas em momentos pouco inesperados. Alturas em que a vida se ri para nós e nos faz ver “Epá, eu passei por isto, caí, levantei-me!” Até que em determinada altura, somos conscientes do que passamos, bom ou mau, não interessa e acabamos por tornar-nos melhores, pela força da queda, pelo esforço e motivação de voltar a erguer a fé, o orgulho, a reconquistar o que algures no tempo se acabou por perder! Bem vistas as coisas, nem sempre conseguimos recuperar tudo, porque além das mazelas que ficam para sempre, às quais carinhosamente apelidamos de CALOS, existem outras quantas coisas que pura e simplesmente não queremos que voltem a fazer parte e outras ainda que lutamos arduamente para as recuperar. E depois ainda vem as novas experiências, sensações e emoções que surgem depois da luta do regresso e não é que acabam por ter um gosto novo e especial que por vezes interpretamos como se soubesse a algo mágico?
Quem nunca se identificou com o que aqui escrevo???
Obrigado pela conversa, pelos beijos, abraços, pelo mimo e sobretudo pela cumplicidade que nos une e que tenho a sensação que se vai intensificando! :D
Já me encontro melhor da minha saúde mental, que ficou arrasada com as ultimas novidades… Mas sobrevive-se e segue-se em frente! Desta forma armei-me em tola e segui rumo ao norte, num fim de semana que jurei a pés juntos que estaria em Lisboa, por causa de um concerto bem especial que perdi… Mas sei e acredito que para além de ter sido por um motivo de força bem maior e porque honestamente valores e vontades maiores emergiram. Vou assistir a Dave Mathews Band, algures lá para o ano quando vierem promover o último albúm!
Assim sendo, rumei a uma das minhas cidades de eleição, a bela invicta! O Porto será sempre uma cidade encantada, um porto sentido, uma anestesia visual que sempre me surpreende e espanta e sobre tudo me encanta!
Com a melhor das companhias, andei a pé pelo centro que pouco conheço... Sta. Catarina é o sítio ideal para as minhas neuras de cartão na mão... decididamente, excessivamente perigoso!!! O centro é tão diferente desta confusão urbana que se vê aqui em Lisboa, resumindo aquilo que senti, o centro é....um encanto… Pelas vozes carregadas de sotaque que ecoam pelas ruas e varandas, pelos eletricos que são lindos, pelo facto de por vezes ter que submeter-me a um esforço espacial, para compreender o que por lá se diz.
Vi (por fora, que era de noite :D) a casa da música, que a última vez que por lá passei ainda era projecto a iniciar ou por iniciar, já não sei precisar, o famoso estádio do Dragão, que prima pela arquitectura simples e despojada de muita ornamentação, o que faz dele um estádio bem elegante, passei também pelo Bessa, que é giro, não tanto como o anterior mas tem o seu encanto, depois, ao longe, já no regresso apreciei a serra do pilar, que tão boas recordações me tráz… a Torre dos Clérigos (também esta de longe… mas mais perto do que a serra!) Senti saudades da minha amiga máquina fotográfica, por esquecimento e que tanta falta me fez... Outras oportunidades vão continuar a aparecer! Andei de andante… tem piada e é muito prático! um instantezinho e estamos em qualquer ladoQ
Sempre me encantou a cidade do Porto… sempre… (alguns de vós, estão a ecoar risos cúmplices com a minha pessoa, bem sei!!!)
Bom valeu o fim de semana, pelo passeio, por ter ganho uma força diferente, por vir de lá com menos medos, pelo encanto do fim de semana e não menos importante, pela extraordinária, cúmplice e incansável companhia!
Fiquei só com uma peninha…. (vá várias… mas essas consigo concretizá-las depois, espero eu!) que foi não encontrar alguns de lá que nunca vejo, mas o tempo era muito curto! Um beijo para eles
Ps. – Obrigado por tudo!
Conflitos de palavras de hoje, que deixam transtornado o mais calmo dos seres:
Ovários, películas, escamação, retirar, gravidez, parceiro, vida normal, tristeza, cirurgia, recobro, Infertilidade, estabilidade, deformação, paz, paciência, tumores, hospital, medo, lágrimas, abraços, olhares cúmplices, benignos, forças exteriores, choque, quistos, irregularidades, dúvidas? Agora, mais que nunca
Estou assim num estado latente, apática, inerte e sem reacção… Sem nenhuma lágrima que corra e sem um grito de raiva e revolta dentro do peito.
Beijos
Ps. Afinal o post de ontem não foi em vão... Fazia sentido! Mas ainda estou na parte de temer, sem entender...
